A negritude no cenário das artes no estado do Ceará é potente. É viva, criativa, rica, pulsante e respira seus movimentos nos espaços artísticos em Fortaleza (CE). Assim, pensando em mostrar um pouco da história de algumas mulheres negras artistas e valorizar a trajetória de cada uma que resolveu trilhar um caminho na arte ou nas artes que se identifica, o Negrê realizou uma curadoria.
Confira a lista que separamos abaixo!
Alexia Ferreira
Alexia Ferreira, 23 anos, é artista visual, especificamente voltada para a colagem e costumo se definir como uma curadora de imagens. É idealizadora da Colagem Negra e é ainda estudante de Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Enquanto artista, a cearense parte do viés de fazer uma arte possível de felicidade em meio às dores dos problemas sociais vivenciados pela população negra. Já na ótica da Filosofia, ela parte de um estudo metafísico entre sentimento e razão.
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Aline Martins
Aline Martins, 31 anos, nascida em Fortaleza (CE), é artista plástica e aquarelista, e como uma grande entusiasta do amor, de surpresas, entregas e propagadora da diminuição de distâncias entre pessoas, tem-se descoberto artista e vê nesse processo uma oportunidade de mergulho para dentro de si. Começou a pintar em 2020, durante o isolamento social, tendo se aventurado na aquarela. Em 2021, resolveu abrir a página @arte.serendipity no Instagram. Apesar de que não era seu sonho querer viver de arte, pois sequer achava que seria possível, fazer arte trouxe para ela um esperançar no amanhã. E acredita fortemente que se propõe a viver fazendo aquilo que faz seu coração pulsar mais forte. Seu encontro com a arte aconteceu há dois anos, mas ela entende como um encontro ancestral. Ela se vê como uma artista sensível às relações humanas e fascinada com esse entrelace.
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Ana Carina Santos
Conhecida como Ana Ocre, 32 anos, é artista, ceramista e terapeuta corporal, que vem desenvolvendo uma pesquisa que transita entre a dança, yoga, música, massoterapia e cerâmica. Isso tendo como principal referencial o corpo e as suas nuances e expressões. É educadora, dançarina e pesquisadora, atuando como profissional de dança em jazz e ballet. Tem formação em Vinyasa Yoga com certificação internacional como Instrutora de Vinyasa Yoga. É Técnica em Dança pela Escola Porto Iracema das Artes e graduada em Design de Moda pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Também é fundadora, artesã e designer da Ocre, um ateliê experimental de joias cerâmicas e ornamentos que nasceu em 2015.
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Julianne Pinheiro
Julianne Pinheiro, 26 anos, é educadora e artista visual. Vive, atua, cria e pesquisa na cidade de Fortaleza (CE). Teve suas obras presentes na exposição “Mostra o Teu” e na “Mostra Dandaras”, ambas na Carnaúba Cultural, em 2019. Pesquisa ação educativa em museus, sociologia da arte e anticolonialismo. Participou do Lab. Reticências, organizado pela editora Reticências, no qual produziu o trabalho-projeto “Memórias de Sal” com a orientação de Ana Lira, em 2021. Atuou como arte educadora no Museu da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, entre 2017 e 2019. Também foi educadora no Espaço Cultural Sobrado Dr. José Lourenço durante a execução do projeto Farol das Artes, em 2021. Atualmente, é educadora museal no Museu da Imagem e do Som (MIS).
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Lana Félix
Lana (como usa seu nome artístico), 27 anos, é uma cantora, criadora de conteúdo, influencer e publicitária, formada pelo Centro Universitário Estácio. É nascida e criada no bairro do Quintino Cunha, em Fortaleza (CE). Começou a cantar aos sete anos de idade, e desde criança, sempre sonhou em ser artista inspirada nas divas pop dos anos 90 e 2000, como IZA, Beyoncé, Adele e Rihanna, sendo fortemente influenciada pelos ritmos de pop e black music. Sua carreira profissional teve início em 2018, cantando em bailes com várias bandas da Capital cearense; recentemente iniciou o seu projeto solo e pretende lançar seus primeiros trabalhos profissionais.
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Letícia Lirian
Letícia Lirian, 26 anos, é amante da moda e suas possibilidades, pesquisadora sobre a expressão artística e cultural através da moda com inclusão e sustentabilidade. Ela cria, desenvolve e produz na Lirian arte, uma marca de moda autoral, atemporal e slow fashion. Foi na moda que encontrou um caminho para chegar até quem ela é hoje. Iniciou sua carreira, trabalhando em uma agência de marketing de moda, debruçando-se na pesquisa sobre moda e sua produção na prática, enquanto concluía sua graduação em Administração de empresas. Lirian arte nasceu em 2019 como uma marca de bordados, e em 2020, desenvolveu acessórios a partir do upcycling. Sua primeira coleção de roupas veio em 2021 e depois vieram outras cinco coleções.
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Meire Nascimento
Meire Nascimento, 36 anos, é artesã e designer, formada em Designer pela Universidade Federal do Ceará (UFC), e artesã autodidata. É também idealizadora da Menah Acessórios, criando colares, pulseiras e brincos com o intuito de transformar algodão em acessórios únicos e atemporais. Ela acredita no artesanato, no autoral e na economia local da nossa região.
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Suellem Cosme
Suellem Cosme de Oliveira, 25 anos, é gravurista, designer e ilustradora. Estudante de Design pela Universidade Federal do Ceará (UFC), e talha matrizes de gravuras, fazendo ilustrações em bandeiras através das quais falam sobre sua busca em autoconhecimento, se achar nos outros e sobre as trocas que lhe engrandecem. Ela acredita na criatividade de pessoas pretas e indígenas, na qual vive, cresce e produz para e com elas. Já fez contribuições como designer e ilustradora na equipe de comunicação do Site Negrê, na Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan), na Todesplay e no Porto Dragão no Instituto Dragão do Mar.
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Tamires Ferreira
Tamires Ferreira, 30 anos, é poeta, ilustradora, aquarelista e artesã. Iniciou no universo artístico em 2016, quando decidiu unir retalhos e pintura em aquarela para criar brincos artesanais. É fundadora do espaço criativo Ateliê da Tamy, onde compartilha suas alquimias com tintas e palavras. A aquarela é a sua técnica mágica, cuja textura, instável e fluida, a permite criar outros mundos. Seu pincelar é vívido, intenso e reflete as fragilidades e impermanências do seu corpo cíclico. Em 2018, graduou-se em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Em sua travessia acadêmica, pesquisou sobre Relações Étnico-raciais e Políticas de Cotas no Ensino Superior. Sua escolha pelos pincéis, enuncia uma jornada imersiva para dentro e fora de si mesma.
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Foto de capa: Arquivos pessoais.
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Jornalista profissional (nº 4270/CE), preocupada com questões raciais, e graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.
