A economista brasileira Luana Ozemela criou o Roots Funding para financiar empreendedoras, empreendedores negros, indígenas e LGBTQIA+ da América Latina. O projeto prevê a captação de US$ 60 milhões (cerca de R$ 314 milhões) de investidores privados, bancos e agências multilaterais de fomento de todo o mundo para comprar participações minoritárias em empresas criadas especialmente por empreendedores negros.
Ozemela e o sócio, Oscas Decotelli, também irão colocar recursos próprios no fundo. Para investidores, a cota mínima é de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). A previsão é que a iniciativa seja lançada formalmente em outubro de 2021.
A prioridade do Roots Funding será investir em startups das áreas de saúde e educação, produtoras de conteúdo sobre diversidade para serviços de streaming e fintechs. Cada negócio deve ter pelo menos um proprietário com mínimo de 25% da empresa, um CEO do grupo de diversidade ou 50% das cotas do empreendimento nas mãos de pessoas do grupo de diversidade.
O fundo poderá financiar de 20 a 30 empreendimentos que já registram margens consistentes de lucro, mas que, apesar disso, ainda encontram dificuldade em obter crédito, seja por questões de raça, gênero ou sexualidade.
Segundo Luana, “o objetivo do Roots Funding é impactar o mercado e mudar a maneira como ele faz as coisas. A nossa ideia é influenciar outros fundos a ter pessoas negras nos comitês de investimento e analistas de negociação para realmente poder mudar a narrativa de que não existem negócios [atraentes] de pessoas negras”, explica.
Sobre Luana Ozemela
É CEO da DIMA, consultoria de investimento internacional no Qatar. Doutora em Economia e professora pesquisadora de Gênero e Políticas Públicas da Universidade Hamad Bin Khalifa, da Fundação do Qatar. É também diretora de relações com doadores da ONG PEGF da Nigéria. Foi funcionária do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, nos EUA. Ao longo da sua carreira, Luana interagiu com dezenas de governos, doadores, investidores e ONGs nos EUA, América Latina, África e Oriente Médio. Além disso, construiu uma carreira internacional como especialista em diversidade e inclusão racial, com passagens por universidades da Alemanha e do Reino Unido.
*Com informações do Uol Economia.
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Foto de capa: Luana Ozemela/Divulgação.
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Sou um emaranhado de sonhos! Escrevo para me transformar e transformar o mundo! De amor e conexão pela escrita, escolhi o jornalismo como profissão. Hoje, sou Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com o objetivo de contribuir, cada vez mais, para que a Comunicação e o Jornalismo sejam antirracistas.