Alan Lira (PI), Bruno Freitas (BA) e Tássia de Matos (BA) são os nomes de três dos 12 jovens ativistas negros selecionados para participar de uma formação na Academia de Liderança da América Latina – LALA em 2021. As atividades do programa consistem num residencial imersivo de três meses em Medellín, Colômbia.
Para participar dessa experiência única, os 12 selecionados ganharam uma bolsa de estudos de 50%, mas ainda assim vão precisar levantar fundos para cobrir a outra metade dos gastos. Por isso, decidiram criar uma campanha, ativa até o fim deste mês, 31 de dezembro, chamada Afrolíderes na Colômbia no site Benfeitoria.
Conheça a trajetória destas lideranças comunitárias nordestinas:
Allan Lira (PI)
“Ocupar o sistema de justiça brasileiro e defender a dignidade, acesso à justiça, e instituições eficazes para pessoas de comunidades rurais, quilombolas e indígenas: essa é a minha missão de vida.”
Allan da Silva Rodrigues tem 19 anos e cursa Direito. Nasceu em uma comunidade rural em Ribeira do Piauí, sertão piauiense. Quando criança, ele preferia assistir ao ex-ministro da Suprema Corte, Joaquim Barbosa, na TV Justiça aos desenhos infantis. Aos 14 anos, teve que mudar de cidade com os irmãos para conseguir concluir o ensino médio. Em 2019, através de uma bolsa do ProUni, ele vai para Teresina (PI), cursar bacharelado em Direito. Hoje, sente que é uma referência para os jovens da comunidade onde nasceu.
Bruno Freitas (BA)
“A Academia, para mim, é um projeto comunitário emancipatório, que, em muito, supera meus ganhos como indivíduo. É um dos pontos de partida, para um impacto social positivo em Paripe.”
Com 18 anos, Bruno nasceu em Paripe, subúrbio de Salvador, onde a maior parte da população é negra. Aos 12, ele se recorda de ter tomado uma decisão muito importante a nível pessoal: a de não se tornar estatística e de tornar o mundo um lugar um pouco melhor para si e para a comunidade. No programa de liderança, ele pretende desenvolver ainda mais seus projetos e os conhecimentos já conquistados como autodidata da língua inglesa.
Tássia de Matos (BA)
“Aprendi no convívio a beleza na diferença e o potencial de compartilhar conhecimento, porque conhecimento não só habita nas quatro paredes da sala de aula, mas nas pessoas que fazem e transformam esses espaços.”
Tássia de Matos tem 20 anos e é de Cachoeira, Recôncavo Baiano. Atualmente, ela é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades na Universidade Federal da Bahia. Graças à sua família, ela sempre teve a educação como a maior prioridade de sua vida. Na escola particular onde era bolsista, se descobriu em atividades extraclasse, como o clubes de Humanidades e os estudos de linguagens. Com a iniciação científica e sua contribuição para um livro, passou a enxergar um futuro pela academia. Tássia direciona sua formação à educação, pois acredita que, por meio dela, é possível transformar escolas e comunidades.
Conheça todos os 12 selecionados para representar o Brasil na Academia de Liderança da América Latina em 2021:
Saiba como colaborar:
Afrolíderes na Colômbia
Instagram: @lalafrofund
Email: lalafrofundraising@gmail.com
Fotos de capa: Reprodução/Instagram.
LEIA TAMBÉM: Nordeste é a região brasileira que mais lê, aponta estudo
Quando criança, sonhava em ser escritora. Hoje, é graduada em Letras e Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Produtora cultural, simpática, TCC nota 10 e faz tudo.