O Ministro das Relações Exteriores da Nigéria – país da região Ocidental da África –, Geoffrey Onyeama, 65, recebeu um artefato roubado na última quinta-feira, 8, que, originalmente, pertence a uma das mais antigas cidades históricas do País, Ile Ife. O item havia sido encontrado no México – país da região Norte da América.
O Ministro, enquanto recebia a propriedade roubada do Dr. Yakubu Dadu, encarregado da Missão Nigeriana no México pediu uma fronteira segura para evitar futuras incidências de furto. O ministro aplaudiu o esforço da Embaixada em garantir a recuperação do item que foi encontrado no México.
Ele disse que as intervenções dos enviados nigerianos na recuperação de bens roubados do país mostram os trabalhos importantes que eles estavam fazendo contra relatos negativos de missões nigerianas nas redes sociais, segundo relata o portal de notícias local Vanguard.ng.
O ministro apreciou os esforços do governo do México pelo papel que desempenhou em garantir que o artefato fosse devidamente devolvido à Nigéria.
Ele, no entanto, enfatizou a necessidade de sensibilizar os funcionários da alfândega nas fronteiras, explicando que é melhor evitar que as heranças nacionais sejam roubadas do que iniciar as negociações para o seu retorno após o roubo, conforme cita o Vanguard.ng.
Roubo
“Este bronze da Ife foi roubado da Nigéria e foi interceptado no México e nosso embaixador na época, Amb. Aminu Iyawa, foi muito dinâmico quando percebeu que estava exposto no aeroporto do México e ficou um pouco desconfiado. Devido ao seu empreendimento, trabalho de detetive e suas habilidades diplomáticas, depois de um ano ele conseguiu descobrir a origem da obra e o fato de que foi roubada e se envolveu com as autoridades mexicanas”.
Além disso, conseguiu que as autoridades mexicanas provassem que era de origem nigeriana e o entregassem ao povo nigeriano. As informações são do portal Vanguard.ng.
Missão diplomática
Inicialmente, deveria ser entregue em casa no ano passado, mas por causa do bloqueio do Covid-19, não foi possível. Tudo isso faz parte do excelente trabalho que as missões diplomáticas da Nigéria no exterior vêm realizando.
“Às vezes, nas redes sociais, temos narrativas negativas sobre nossas missões diplomáticas, mas acho que também é importante reconhecer os importantes trabalhos que estão fazendo como enviados do senhor presidente. Devolver essas coisas ao país exige muitas negociações, muito tempo para alcançar este tipo de resultados.
O ministro ainda apontou que também é necessário sensibilizar os funcionários da Alfândega para que saibam que existe um mercado ilegal desses artefatos para que haja medidas de fronteira.
“Não queremos negociar quando eles estão fora de nosso território, mas o que também podemos fazer é protegê-los de dentro e, em última análise, será sobre inteligência e medidas alfandegárias e de fronteira”, disse Geoffrey Onyeama.
Medidas
Ele disse que haverá uma apresentação oficial do artefato ao Ministro da Informação e Cultura na presença do Embaixador do México na Nigéria, após o que será entregue à Comissão Nacional de Museus e Monumentos.
O Sr. Gimba Muhammad, Diretor Geral Interino da Comissão Nacional de Museus e Monumentos, disse que uma série de medidas já foram postas em prática para evitar que artefatos roubados saiam do país.
Muhammed, no entanto, observou que a maioria dos artefatos foi roubada do país durante a era colonial, pois o atual estado de segurança dos museus no país dificultaria o roubo de qualquer artefato.
“Existem muitas medidas em vigor para acabar com o roubo de artefatos. Existem acordos de países para países. Recentemente, houve um Chefe dos Ministérios dos Diretores Culturais da CEDEAO cujos documentos foram apresentados pelos países da CEDEAO para restituir algumas dessas nossas propriedades de qualquer país em que se encontrem”, disse Muhammed.
“Se você encontrar o da Nigéria na Costa do Marfim, eles o trazem e se você encontrar o deles aqui, nós o devolvemos a eles”, finaliza.
*Correspondente internacional do Negrê na África (Gana e Nigéria)
Foto de capa: Governo da Nigéria.
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Novieku Babatunde Adeola é jornalista e profissional de RP freelance, de dupla nacionalidade (Gana e Nigéria). Sua paixão surge da necessidade de mudar a narrativa na África e na diáspora. Trabalhou com várias organizações de mídia locais e estrangeiras. Atua como correspondente internacional do Negrê em África (Gana e Nigéria).
