Santana (2020) é o primeiro filme angolano a entrar para o catálogo da Netflix e já figura entre os 10 mais assistidos no Brasil. Inspirado em histórias reais, o longa de ação narra a trajetória dos irmãos Matias (Raul Rosario) e Dias (Paulo Americano), que buscam justiça pelo assassinato de seus pais, quando ainda eram crianças.
Com a morte dos pais, os irmãos foram separados e só se reencontraram quando já adultos. Enquanto Matias foi criado por uma família rica, que lhe deu amor e educação, Dias foi transferido de lar em lar e acabou se tornando uma pessoa bruta, que teve que lutar muito mais pra sobreviver.
Matias Santana se tornou um general respeitado das Forças Armadas Angolanas (FAA) e vive resolvendo os problemas criados pelo irmão mais novo, que está sempre envolvido em brigas e no consumo exagerado de bebida. O que o leva a faltar ao trabalho e ser alvo de ameaças de demissão entre a chefia.
Dias é um agente da divisão de narcóticos, hierarquicamente comandado pelo irmão, a Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), antigo serviço de investigação do Ministério do Interior (MININT) de Angola.
Contexto
Mesmo com personalidades diferentes, os irmãos lutam contra o crime organizado em Angola. E acabam descobrindo que um dos criminosos mais difíceis de capturar, o traficante de drogas, Ferreira (Rapulana Seiphemo), é também o assassino de seus pais.
A jornada pela prisão do criminoso inicia em Angola, quando os irmãos descobrem o laboratório de produção de drogas, mas não conseguem capturar o chefe. Ferreira foge para a África do Sul, onde encontra o verdadeiro chefão, um dos maiores traficantes de drogas do continente africano, o belga milionário que tem contatos tanto no governo sul-africano quanto angolano.
Ferreira está revoltado com a perseguição dos irmãos, o que pode atrapalhar seus negócios tanto em Angola quanto na África do Sul, por isso ele encomenda a morte dos irmãos aos seus capangas. Mas as emboscadas armadas por seus comparsas não são o suficiente para conter os irmãos. E é aí que temos a melhor cena de ação do filme, com direito à explosões e saídas por portas secretas.
Além dos irmãos Santana e do traficante Ferreira, o filme apresenta ainda duas personagens femininas fortes. A policial Célia (Neide Van-Dúnem), que viaja de Angola para a África do Sul ao lado dos irmãos Santana, e a comerciante de armas Thandi (Nompilo Gwala).
A produção não economiza na ação e tiros são disparados do início ao fim do filme, sem contar as lutas corporais, explosões e o uso de facas. O elenco da obra tem atores de diferentes lugares do continente, sendo os angolanos Paulo Americano, Raul Rosário e Neide Van-Dúnem, além do nigeriano Hakeem Kae-Kazim e da sul-africana Jenna Upton.
Curiosidades
- Santana tinha estreia programada para o cinema em maio deste ano, mas devido a pandemia da Covid-19, precisou ter a estreia adiada. Pra não perder o público, a Netflix interveio e realizou o lançamento mundial por meio do streaming.
- O filme começou a ser rodado em 2014 e editado em 2015, mas precisou pausas a produção devido dificuldades financeiras.
- A atriz Neide Van-Dúnem, que vive Célia no filme, é formada em Artes Cênicas em Los Angeles (EUA). Ela é CEO da Produtora Mentes Fabulosas, além de ser apresentadora de televisão.
- Santana é uma coprodução entre os países Angola e África do Sul.
- O filme é inspirado em várias histórias reais de policiais que o cineasta Maradona Dias Dos Santos ouvia quando criança, em Luanda.
Confira o trailer
Ficha técnica
Santana
Ano: 2020
País de origem: Angola
Formato: Longa-metragem
Gênero: Ação, Policial
Duração: 106 min
Classificação: 16 anos
Direção: Chris Roland e Maradona Dias Dos Santos
Roteiro: Maradona Dias Dos Santos e Chris Roland
Produção: Maradona Dias Dos Santos, Chris Roland e Lee-Ann Cotton
Elenco: Paulo Americano, Raul Rosário, Neide Van-Dúnem, Hakeem Kae-Kazim, Rapulana Seiphemo, David O’hara e Jenna Upton
Disponível: Netflix
Foto de capa: Divulgação/Netflix.
Formada em Jornalismo e com especialização em mídias digitais, a baiana tem dedicado sua carreira ao mercado audiovisual há oito anos, quando iniciou na área. Já atuou como produtora executiva em obras para a televisão e em diversas funções dentro da produção de uma obra. Apaixonada por filmes e séries, se considera uma viciada que assiste mais de seis obras por semana.