Supfrica é um aplicativo de troca de mensagens cujo foco principal são as necessidades dos usuários do continente, a diáspora e os valores dos produtos “made in África”. A versão de teste foi lançada no início de janeiro e, em três dias, se tornou o aplicativo mais baixado no Google Play, com 100.000 downloads. O aplicativo criado por Alhassan Hafiz Bakarr-Kanu está em fase de testes e permite a criação de grupos com até 500 mil participantes.
“Os africanos e a diáspora africana estão procurando por algo que os represente, algo próprio e criado por eles mesmos”, diz o criador do Supfrica, Alhassan Hafiz Bakarr-Kanu.
O aplicativo, cujo nome significa “Olá, África”, começou a ser desenvolvido em 2017. “Quando eles criam esses aplicativos, você pode perguntar aos fundadores se eles têm especialmente os africanos ou a diáspora em mente, e eles dirão honestamente que não”, declara Hafiz.
Após o lançamento da versão beta, o criador do Supfrica fundou a Techfrica, empresa de tecnologia com sede nos Estados Unidos e em Serra Leoa, que desenvolve aplicativos voltados para o mercado africano.
Apesar do crescimento exponencial das cidades africanas, 59% dos habitantes do continente ainda vivem no campo, de acordo com dados de 2019 do Banco Mundial. Na maioria das vezes, a rede móvel da zona rural não ultrapassa o 2G.
Por isso, dentre os principais objetivos de Hafiz com o lançamento do aplicativo, estão garantir que chamadas sejam feitas e recebidas através da rede 2G, manter as informações dos usuários protegidas e privadas, qualidade nas chamadas e a capacidade de atualização contínua.
O Supfrica ressalta o aspecto comunitário, uma característica muito importante do país, com a possibilidade de criação de grupos com até 500 mil pessoas. “Acreditamos na unidade, um ambiente comunitário é o melhor cenário”, conclui Hafiz.
A versão de testes do aplicativo possui um logotipo provisório, que pode ser modificado quando a versão beta for lançada, quando também será disponibilizada a versão iOS do aplicativo.
Foto de capa: Ketut Subiyanto.
LEIA TAMBÉM: Os números do Covid-19 em países do Continente Africano neste início de mês
Ouça o episódio #04 – Neusa Santos: Memória e trajetória:
Apoie a mídia negra nordestina Financie o Negrê aqui!
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Redatora e repórter, atua com ênfase em diversidade, representatividade e negritude. Ganhadora do 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo. Desenvolveu trabalho de conclusão de curso em Publicidade e Propaganda sobre a importância da comunicação no combate ao preconceito étnico-racial, atualmente cursa pós graduação em Jornalismo Digital e é correspondente internacional dos Estados Unidos para o Negrê.
