Covid-19

TeleCorona oferece orientação gratuita sobre o coronavírus para regiões periféricas

Foi a preocupação com o Nordeste de Amaralina, região periférica de Salvador, na Bahia, próxima a alguns bairros de classe média alta com maiores registros de casos da Covid-19, a exemplo da Pituba, que deu vida ao TeleCorona. Um serviço que oferece orientação gratuita sobre a doença para as comunidades. O projeto é uma iniciativa da startup AfroSaúde, negócio de impacto social focado em desenvolver soluções de saúde para a população negra, liderada pelo dentista Arthur Lima e pelo jornalista Igor Leonardo.

“Pensamos em criar um projeto que fosse acessível, pois acompanhamos um grande número de ferramentas tecnológicas de saúde, que não são acessíveis, por conta do alto índice de pessoas das comunidades que não possuem internet de qualidade ou não tem ou sabem manejar um smartphone de última geração. Então priorizamos por acessibilidade”, explica Arthur Lima, um dos idealizadores do TeleCorona.

Basicamente, o serviço é uma central que funciona através do número 0800 042 0503, no qual as ligações podem ser feitas de telefone fixo ou celular gratuitamente. De segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, de qualquer parte do Brasil. São médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e assistentes sociais disponíveis para o atendimento. Além da linha telefônica, que é um 0800, cuja chamada pode ser feita de telefone fixo ou celular, há um serviço de acolhimento emocional com profissionais da saúde mental que atendem por videoconferência (www.afrosaude.com.br/coronavirus).

A operação, iniciada em maio, vem com o número de atendimentos crescendo, com a exceção do período junino. Até o momento, cerca de 350 chamadas foram realizadas na Bahia (maior demanda) e em São Paulo tanto para tirar dúvidas sobre a pandemia, como sinais e sintomas da doença, quanto para acolher as pessoas que têm medo de perder um ente querido ou morrer em decorrência do coronavírus. Os profissionais atendem sem pressa e tentam ao máximo orientar a população com uma linguagem clara e acessível.

“Em um mês arrecadamos, através de financiamento coletivo, mais de 36 mil reais com apoio de amigos, conhecidos, desconhecidos e também da Vale do Dendê, uma aceleradora de negócios. É esse valor que está sendo utilizado para pagarmos as chamadas e custos de divulgação. Além disso, mandamos produzir cerca de 2.000 imãs de geladeira que foram distribuídos por parceiros como a empresa de moda Dendezeiro (que também fez uma campanha de financiamento para produzir máscaras) e o portal de notícias do Nordeste de Amaralina NORDESTeuSOU”, finaliza Arthur.

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