Tela Preta

Um convite ao encontro com a ancestralidade em The Woman King

Lançado recentemente, The Woman King (A Mulher Rei) é um filme de ação, drama e história estrelado pela atriz norte-americana Viola Davis, 57. Ao trazer um elenco negro em sua total maioria, o longa-metragem é ambientado no ano de 1800. E é um convite para a conexão com a ancestralidade já que foi gravado em regiões da África, mostrando a vivência de um reino e um exército de mulheres que carrega uma missão.

A general Nanisca (Viola Davis). Foto: Divulgação.

Nanisca (Viola Davis) é uma general que lidera um exército responsável por proteger o Reinado de Daomé (um dos reinos mais poderosos da África durante os séculos XVII e XIX) de conflitos tribais e uma invasão por parte de estrangeiros. O grupo militar Agojie é composto essencialmente por mulheres, visto que a população masculina havia enfrentado outras guerras com regiões vizinhas da parte Ocidental do Continente Africano.

O exército Agojie. Foto: Reprodução.

Com o propósito de treinar jovens mulheres para a tropa Agojie; Nanisca carrega uma trajetória e enfrenta situações em que precisa combater tribos rivais e colonizadores europeus, fazendo-a enxergar e mostrar pelo o que vale a pena lutar até o fim. Baseado em fatos históricos, o filme produz cenas que chamam bastante a atenção emocional do público no tocante ao sentimento de ancestralidade. Isso ao contar com a forte atuação de Viola Davis e de outros atores presentes.

Além de possibilitar uma conexão ancestral, a narrativa traz ensinamentos ao estampar a percepção de comunidade, direcionando os envolvidos a um conjunto de ações, decisões e acordos sociais. Em Daomé, a coletividade prevalece sempre diante da individualidade. Há valores no contexto ali que são inegociáveis. Além de servirem como um guia para as batalhas.

E mesmo diante das circunstâncias e adversidades, a fidelidade e o compromisso são uma das riquezas mais evidentes na história. Isso é perceptível quando uma das recrutas, a jovem Nawi (Thuso Mbedu), descobre uma possível invasão ao território e repassa a informação para a sua líder que tomará as medidas, gerando consequências.

Nanisca (Viola Davis) e Nawi (Thuso Mbedu). Foto: Reprodução.

Nascidos em diversos países, a maioria dos atores carregam uma ascendência africana. E o filme traz essa ligação por meio do ambiente e da estética de roupas que identificam um povo.

Hoje, o Brasil já registra o maior número de bilheteria após os Estados Unidos.

Confira o trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=u1HTd_VVICQ

Ficha técnica

The Woman King (A Mulher Rei)

Título nacional: A Mulher Rei
País de origem: Estados Unidos
Gênero: Ação/Drama/História
Duração: 135 min
Direção:
 Gina Prince-Bythewood
Roteiro: Dana Stevens, Gina Prince-Bythewood e Maria Bello
Produção: Cathy Schulman, Julius Tennon, Maria Bello e Viola Davis
Elenco: Angélique Kidjo, Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch, John Boyega, Adrienne Warren, Sheila Atim, Jayme Lawson, Jordan Bolger, Jimmy Odukoya, Malasi Baduza, Makgotso M, Siv Ngesi e Zozibini Tunzi 
Disponível: cinemas de todo o Brasil

Foto de capa: Divulgação.

LEIA TAMBÉM: Brooklyn nine-nine, mais que uma comédia policial

Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê aqui!

Compartilhe: