A jornalista baiana e negra Ashley Malia recebe reconhecimento no Prêmio Maria Felipa na tarde deste sábado, 25. Data em que marca o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Um marco simbólico para todas as mulheres pretas e para a carreira profissional de Ashley. “A gente está acostumada a viver em uma sociedade que não valoriza o trabalho e as ações de mulheres negras”, diz Malia em entrevista ao Negrê.
A premiação ocorreu em evento online, pela TV Câmara e pelo Facebook e Instagram da vereadora Ireuda Silva (PRB). “O prêmio é muito importante pra mim, eu fiquei extremamente honrada em recebê-lo, principalmente ao lado de tantas mulheres pretas. Inspiradoras, que eu admiro e que tem um trabalho importantíssimo aqui na cidade [Salvador]”, diz Ashley Malia. Mais de 10 mulheres negras foram premiadas na cerimônia online.
“O prêmio, além de uma homenagem, ele é um reconhecimento a todo o trabalho que nós, mulheres negras, fazemos. E é com muita felicidade que eu recebi o prêmio. Porque eu me considero nova tanto na minha profissão como de idade mesmo em relação a outras mulheres que são mais velhas, que estão há mais tempo na luta”. Ashley Malia tem apenas 23 anos e considera que sente que ainda está aprendendo.
Ashley Malia nasceu em Salvador, na Bahia, e é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), desde 2018. A jornalista tem experiência profissional com mídia preta, pois já passou pela redação do Correio Nagô, atuando como repórter e designer. O projeto faz parte do Instituto Mídia Étnica.
Em suas redes sociais, a jornalista negra levanta discussões importantes e produz conteúdo digital acerca das questões raciais.
Atualmente, ela trabalha como repórter em um dos veículos mais tradicionais da Bahia, o jornal A Tarde, há quase um ano. Em sua rotina, produz reportagens e também escreve como colunista desde o início da pandemia do Covid-19. A publicação diária existe desde 15 de outubro de 1912, há mais de 100 anos.
Foto de capa: Leone Serafim.
Jornalista profissional (nº 4270/CE), preocupada com questões raciais, e graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.