A economista nigeriana Ngonzi Okonjo-Iweala, 66, tornou-se, nesta segunda feira, 15, a primeira mulher africana a assumir o cargo de diretora-geral na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ngonzi foi duas vezes ministra das Finanças e chefe de diplomacia do Estado Nigeriano, é formada pela Universidade de Harvard (EUA) e tem uma carreira de 25 anos de trabalho no Banco Mundial.
Além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo, a economista é também a primeira pessoa africana a conseguir o posto. A escolha de Ngonzi para o cargo foi feita por meio de uma reunião especial do Conselho Geral, em uma disputa com oito candidatos de outros países.
Em discurso, a nova diretora-geral disse que seu mandato irá focar em estabilidade nos tempos de pandemia da Covid-19. “Uma OMC forte é vital se quisermos nos recuperar completa e rapidamente da devastação causada pela pandemia. Estou ansiosa para trabalhar com os membros para moldar e implementar as respostas políticas de que precisamos para fazer a economia global funcionar novamente”, disse Ngonzi. Com um histórico de “desatadora de nós”, Ngonzi é conhecida por sua liderança em iniciativas econômicas de sucesso.
A ativista feminista nigeriana Josephine Effa-Chukwuma, 54, diz que a indicação é um bom presságio para a OMC: “Nós confiamos nela para cumprir o trabalho e garantir que os países em desenvolvimento se beneficiem do comércio internacional.”
Foto de capa: REUTERS/Emma Farge.
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