O escritor senegalês Mohamed Mbougar Sarr, 31, é o vencedor de um dos maiores e mais importantes prêmios literários da França, o Goncourt. Com o romance A mais secreta memória dos homens (2021), ele venceu com seis dos dez votos dos jurados no primeiro momento da votação, tornando-se, então, o primeiro autor da África Subsaariana a receber a premiação. O resultado foi divulgado na última quarta-feira, 3.
Pela primeira vez, em mais de 100 anos, é premiado um escritor africano oriundo da África Subsaariana. O senegalês Mohamed Sarr recebeu uma premiação simbólico no valor de 10 euros, além do prêmio garantir a ele a publicação e venda de centenas de milhares de exemplares da sua obra. Um romance de ficção que era favorito para ser premiado na edição deste ano.
“É um livro de iniciação sobre a paixão pela literatura, a vontade de escrever, sobre a vontade de encontrar um sentido através da criação”. É o que disse Mbougar Sarr em uma entrevista concedida.
Sobre Mohamed Mbougar Sarr
Nascido em Dakar (Senegal), Mohamed Mbougar Sarr é o filho mais velho de um médico. O senegalês estudou em Paris (França) sobre literatura negra e desistiu do seu doutorado para dedicar-se integralmente à escrita. A escolha mostrou-se acertada. Seu primeiro romance Terra cingida (2014) foi publicado quando tinha apenas 24 anos. Obra que já ganhou três prêmios literários. Seu segundo romance é o Silêncio do coro (2017) e seu terceiro é Homens puros (2018), sobre a experiência de ser gay no Continente Africano.
Foto de capa: Divulgação.
LEIA TAMBÉM: A escritora moçambicana Paulina Chiziane é a vencedora do Prêmio Camões 2021
Ouça o episódio #01 do Saúde Preta podcast – Por que falar sobre saúde da população negra?
Apoie a mídia negra nordestina: Financie o Negrê aqui!
Jornalista profissional (nº 4270/CE), preocupada com questões raciais, e graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.