O Projeto Ponta de Lança lança o podcast Odum nesta quinta-feira, 4. A nova produção será apresentada por Lyz Ramos, que classifica o podcast como “um desfile de escola de samba sem aglomeração”. A iniciativa de Odum é reviver enredos e memórias carnavalescas de várias cidades brasileiras que homenagearam a história de África e de personagens diaspóricos.
O primeiro episódio vai relembrar a história do Carnaval de 2000 da Mangueira, cujo samba-enredo foi intitulado “Dom Obá II – Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo”. Nascido Cândido da Fonseca Galvão, ele era filho de africanos livres e foi defensor da campanha abolicionista e do combate à escravidão.
“Chegou 2021, a gente não vai ter Carnaval, e eu encontrei a brecha para isso, tentando manter viva essa tradição anual do desfile de escola de samba, sem aglomeração”, pontua Lyz, que desde sempre é apaixonada por Carnaval e samba.
Para além do divertimento trazido pelas belas letras dos sambas-enredo que ecoaram (e um dia voltarão a ecoar) entre multidões, Lyz acredita que as escolas de samba têm um papel social fundamental. “Elas trazem à luz histórias que nos interessam, mas que não são muito contadas. E não é de hoje que as escolas de samba fazem isso”.
O podcast conta com a locução e o roteiro são de Lyz Ramos e a edição será de Rubens Guilherme Santos.
Saiba mais:
Projeto Ponta de Lança
E-mail: contatopontadelanca@gmail.com
Twitter: @pontalanca
Instagram: @projpontadelanca
Lançamento: 4 de fevereiro, quinta-feira
Plataformas: Spotify, Castbox, Anchor e Google Podcasts
Foto de capa: Arquivo/Ponta de Lança.
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Ouça o episódio #02 – Lucas Koka, BBB e a culpa do homem preto:
Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.