A biblioteca digital da Fundação Portugal-África, mantida pela Universidade de Aveiro e pelo Centro de Estudos sobre África, idealizou o projeto “O Portal das Memórias de África e do Oriente”, que permite a leitura online de obras digitalizadas de Angola, Cabo Verde, Guiné, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O projeto funciona como uma ferramenta essencial na valorização do conhecimento e da intelectualidade produzida no Continente Africano, além de ser uma ponte com o passado e a ancestralidade que contribuíram na construção da cultura e identidade de diversos países e abordar a realidade do período colonial.
Memória de África e do Oriente conta com mais de 2.500 obras digitalizadas referentes aos países que falam a Língua Portuguesa e também tem registros bibliográficos para orientação de investigadores que estão disponíveis e com livre acesso.
Entre as obras disponíveis, estão três volumes da “História Geral de Cabo Verde”, diversas obras do cientista e poeta cabo-verdiano João Vário (1937-2007), a coleção completa do Boletim Geral das Colônias, a revista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa de Bissau Soronda (1986-2009), o Boletim Cultural do Huambo em Angola e “O Oriente Português”, da responsabilidade da Comissão de Arqueologia da Índia Portuguesa, publicado entre 1905 e 1920 e retomado entre 1931 e 1940.
Além disso, o projeto também conta com informações culturais, estatísticas, etnológicas, políticas e sociológicas desses países. Tudo isso disponível gratuitamente no site.
Foto de capa: Reprodução/Site Memória da África e do Oriente.
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Jornalista em formação pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e afropesquisadora. Atualmente, estuda movimento negro e juventude em Minas Gerais, mas já aprofundou em racismo institucional e racismo e mídia. Também se interessa por cultura, música (principalmente rap nacional!) e política, sobretudo pelo modo que essas pautas dialogam com negritude no Brasil. É fotógrafa nos horários vagos (com a percepção e admiração pela maneira que a fotografia e o fotojornalismo narram realidades e perspectivas). Além disso, também é militante pelo Levante Popular da Juventude, comunicadora e coordenadora de cultura do Coletivo Negro KIANGA.