Um total de 31 países do Continente Africano estão a frente do Brasil no 20º ranking mundial da Liberdade de Imprensa 2022. Os números são contabilizados a cada ano pela Organização não-Governamental (ONG) internacional Repórteres sem Fronteiras (RsF). A divulgação ocorreu no último dia 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Na edição deste ano, a organização atualizou a sua metodologia de análise da liberdade de expressão na imprensa ao redor do mundo. O estudo contou com um comitê de sete especialistas da academia e da mídia. Cerca de 180 países são classificados pela RsF. Os indicadores são definidos a partir de em um levantamento quantitativo de violências cometidas contra jornalistas e meios de comunicação, além de uma pesquisa qualitativa baseada nas respostas de centenas de especialistas em liberdade de imprensa escolhidos pela ONG.
Em 2019, o Brasil ocupava a posição 105ª e, no ano de 2020, ocupava a posição 107ª. Já no ano passado, o Brasil caiu para a posição 111ª, atingindo um índice preocupante pois entrou na dita “zona vermelha”. A situação brasileira foi tida como a 8ª pior nos países da América. Neste ano de 2022, o Estado brasileiro está em 110º na colocação.
Veja parte da lista a qual o Negrê se refere:
Observe que são 31 países africanos a frente do Brasil no ranking.
13° – Seychelles (83.33)
18º – Namíbia (81.84)
35º – África do Sul (75.56)
36º – Cabo Verde (75.37)
37º – Costa do Marfim (74.46)
41º – Burkina Faso (73.12)
46º – Serra Leoa (71.03)
50º – Gâmbia (69.25)
59º – Níger (67.80)
60º – Gana (67.43)
64º – Maurício (66.07)
69º – Quênia (64.59)
73º – Senegal (63.07)
75º – Libéria (62.77)
80º – Maláui (61.40)
83º – Comores (60.16)
84º – Guiné (59.82)
88º – Lesoto (59.39)
92º – Guiné-Bissau (58.79)
93º – Congo-Brazzaville (58.64)
94º – Tunísia (58.49)
95º – Botsuana (58.49)
97º – Mauritânia (58.10)
98º – Madagascar (58.02)
99º – Angola (57.17)
100º – Togo (57.17)
101º – República Centro-Africana (56.96)
104º – Chade (56.18)
105º – Gabão (56.00)
107º – Burundi (55.74)
109º – Zâmbia (55.40)
110º – Brasil (55.36)
111º – Mali (54.48)
114º – Etiópia (50.53)
116º – Moçambique (49.89)
118º – Camarões (49.10)
121º – Benim (48.39)
123º – Tanzânia (48.28)
125º – República Democrática do Congo (47.66)
128º – Sudão do Sul (47.06)
129º – Nigéria (46.79)
131º – Suazilândia (46.42)
132º – Uganda (46.35)
134º – Argélia (45.53)
135º – Marrocos (45.42)
136º – Ruanda (45.18)
137º – Zimbábue (44.94)
140º – Somália (44.01)
141º – Guiné Equatorial (43.96)
143º – Líbia (43.16)
151º – Sudão (40.96)
168º – Egito (30.23)
179º – Eritreia (19.62)
Foto de capa: Cottonbro/Pexels.
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Jornalista profissional (nº 4270/CE) preocupada com questões raciais, graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor). É Gestora de mídia e pessoas; Fundadora, Diretora Executiva (CEO) e Editora-chefe do Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil. É autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). Em 2021, foi Coordenadora de Jornalismo da TV Unifor. Em 2022, foi indicada ao 16º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Jornalista revelação – início de carreira”. Em 2023, foi indicada ao 17º Troféu Mulher Imprensa na categoria “Região Nordeste” e finalista no Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira em 2023 e 2024. Soma experiências internacionais na África do Sul, Angola, Argentina e Estados Unidos.